terça-feira, 22 de setembro de 2009

Cantos dos Imigrantes - Alberto da Cunha Melo

Com seus pássaros
ou a lembrança de seus pássaros,
com seus filhos
ou a lembrança de seus filhos,
com seu povo
ou a lembrança de seu povo,
todos emigram.

De uma quadra a outra
do tempo,
de uma praia a outra
do Atlântico,
de uma serra a outra
das cordilheiras,
todos emigram.

Para o corpo de Berenice
ou o coração de Wall Street,
para o último templo
ou a primeira dose de tóxico,
para dentro de si
ou para todos, para sempre
todos emigram.

2 comentários:

Cristina Fernandes disse...

Cordilheiras de palavras, num canto de reconhecimento...
Um abraço
Chris

Jefferson Bessa disse...

Obrigado pela visita, Chris! Um grande abraço.

Jefferson.