segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

SONETO A RICARDO REIS: POEMA DE JORGE TUFIC



Não por teu verso fluido e transparente,
Nem pelos deuses a quem sombra calma
Deste, lembrando a suave permanência
Do que puro inda resta onde não somos.
Mas ao prazer deixado ali freqüente
Em ler-te, aberto o livro e aberta a alma,
Todo um orbe revelas na existência
De um sorriso que em mármore supomos.
Pelas horas de humano entendimento
Em que dos tempos idos a beleza
Converges para um tempo começado;
E de, sendo tão parcos, um momento
Crer-se que o bem maior, glória ou riqueza,
Nada fica além disto que há sonhado.

retirado do blog: Jorge Tufic

Um comentário:

Teté M. Jorge disse...

Que preciosa homenagem...

Feliz 2014, poeta, com saúde e muito amor! Paz de espírito e alegria!
Beijos e flores.