sábado, 29 de janeiro de 2011

Perfeição: um poema de Jorge Guillén


Fica curvo o firmamento
Compacto azul, sobre o dia.
É o arredondamento
Do esplendor: meio-dia.
Tudo é cúpula. Repousa,
No centro sem querer, a rosa
A um sol em zênite se sujeita.
E tanto se dá o presente
Que o pé andante sente
A integridade do planeta.


trad. Jefferson Bessa

3 comentários:

Hilton Deives Valeriano disse...

Bela tradução, amigo! Convido-o aler a entrevista do poeta Derek Soares Castro. Um abraço.

Unknown disse...

Jefferson!

Gosto de poemas assim, onde o poeta exalta a beleza sem buscar palavras que poucos entendem.

Este de um modo especial é genial!

Beijos, poeta!

Mirze

Teté M. Jorge disse...

Gostei muito, em especial do "arredondamento do esplendor".
Um beijo, poeta.