sábado, 14 de maio de 2011

Fim do mundo: um poema de Jakob van Hoddis







O chapéu voa da cabeça do cidadão,
Em todos os ares retumba-se gritaria.
Caem os telhadores e se despedaçam
E nas costas — lê-se — sobe a maré.



A tempestade chegou, saltam à terra
Mares selvagens que esmagam largos diques.
A maioria das pessoas tem coriza.
Os trens precipitam-se das pontes.



tradução Claudia Cavalcanti

3 comentários:

Unknown disse...

Não sei se é um poema ou uma profecia. De qualquer forma gostei da forma simples de escrever sobre um tema que para muitos entrariam vários autores.

MUITO BOM, Jefferson!

Abraços, poeta!

Mirze

Teté M. Jorge disse...

Não conhecia esse autor.
Que bom que venho aqui... obrigada.
Um beijo carinhoso.

dade amorim disse...

Também não conhecia o poeta.
Tenho vindo poucas vezes ao Lendo poesia, um blog muito bom.

Beijo agradecido.