terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Um soneto de Rainer Maria Rilke


Respirar-te inteiro - poema aceso!
Pedaço do mundo, sempre em seguro
equilíbrio mesmo. Contrapeso,
no qual, com ritmo, perduro.

Onda única em cujo mar,
moroso e sereno, fui transformado;
tu, o mais raso dos mares, meu lugar:
espaço por fim conquistado.

Quantos pontos deste espaço estiveram assim
dentro de mim? Algumas brisas
e ventos são como filhos para mim.

Conheces-me, ar, ainda pleno de melodia?
Tu, pura casca outrora lisa,
curvatura e folha de minha poesia.

2 comentários:

ROGEL DE SOUZA SAMUEL disse...

QUEM TRADUZIU?

Jefferson Bessa disse...

Tradutores: Karlos Rischbieter / Paulo Garfunkel