quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Um poema de Eugénio de Andrade


Eu amei esses lugares
onde o sol
secretamente se deixava acariciar.

Onde passaram lábios,
onde as mãos correram inocentes,
o silêncio queima.

Amei como quem rompe a pedra,
ou se perde
na vagarosa floração do ar.

Do livro Matéria Solar

3 comentários:

Teté M. Jorge disse...

Ah... eu amei esses versos que você deixou...

Um beijo carinhoso de FELIZ NATAL!

Unknown disse...

Jefferson!

É sempre muito bom reler Eugênio de Andrade. Ele fala por todos nós, quando nos deparamos com alguma coisa, fato, ou imagem que amamos.

Um tesouro!

Beijos

Mirze

Teté M. Jorge disse...

Te deixo mais beijos... agora para saudar o novo ano que se aproxima.

Felicidades, querido, para você e os seus.