
Pudera o dia me deixar numa caixinha uma pedra
E na janela uma borboleta de ouro como um vitral
Pudera a noite me deixar um punhado de cristais
Feitos de estalactites de febre - e uma boneca feita de sonhos
Pudera eu ter objetos que ganhassem vida no coração
Pensamentos na seda e lembranças no vidro
Das tuas visitas eu quisera pulseiras de sangue
O colar de um sorriso e anel de um instante.
tradução: Fernando Klabin
3 comentários:
Por um instante, sentimentos materializados...
Um beijo.
Lindo Poema,de uma delicadeza profunda,cortante.
Beijos e parabéns pela postagem.
Quanta poesia num só poema!
Há coisas que bem podiam se materializar.
Max Blecher, guardarei esse nome.
Obrigada, Jefferson!
Beijos
Mirze
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