terça-feira, 8 de maio de 2012

UM SONETO (VII) DE CLAUDIO MANOEL DA COSTA




Onde estou? Este sítio desconheço: 
Quem fez tão diferente aquele prado? 
Tudo outra natureza tem tomado 
E em contemplá-lo, tímido, esmoreço. 


Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço 
De estar a ela um dia reclinado; 
Ali em vale um monte está mudado: 
Quanto pode dos anos o progresso! 


Árvores aqui vi tão florescentes, 
Que faziam perpétua a primavera: 
Nem troncos vejo agora decadentes. 


Eu me engano: a região esta não era; 
Mas que venho a estranhar, se estão presentes 
Meus males, com que tudo degenera! 

Um comentário:

Teté M. Jorge disse...

Sempre nos relembrando poetas...

Beijo carinhoso.