segunda-feira, 6 de agosto de 2012

DOIS POEMAS DE JORGE TUFIC

42

Vinho também
é tinta
da caneta-tinteiro:
um tubo secreto
que, 
ao vir
da luz,
modela o
impossível.

56

Expectativa 
de um poema que estale
em cântaros maduros.

Pode ser um levante
pode ser um dilúvio
pode ser uma rosa.

Desde que estale 
ou se rompa.

Dois poemas extraídos do livro Guardanapos pintados com vinho de Jorge Tufic

2 comentários:

Teté M. Jorge disse...

Gostei muito, poeta... obrigada!


Bom fim de semana.
Beijo carinhoso.

Luiz Filho de Oliveira disse...

Fiquei sabendo, via Rogel Samuel, que Jorge Tufic tem sonetos encantadores. E agora esta novidade: poemas livres, presos a metáforas tão singelas!