quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Uma passagem de Grande Sertão: Veredas de Guimarães Rosa






"Ah, tem uma repetição, que sempre outras vezes em minha vida acontece. Eu atravesso as coisas - e no meio da travessia não vejo! - só estava era entretido nas idéias dos lugares de saída e de chegada. Assaz o senhor sabe: a gente quer passar um rio a nado, e passa; mas vai dar na outra banda é num ponto muito embaixo, bem diverso do em que primeiro se pensou. Viver nem não é muito perigoso?"

Trecho de "Grande Sertão: Veredas". p.26

5 comentários:

ROGEL DE SOUZA SAMUEL disse...

certamente é esta obra um caso de perfeição na literatura brasileira - que bela postagem!

Unknown disse...

Guimarães Rosa, em seus Sertões Veredas, nos premiou com um novo modo de escrever, nos deixou dúvidas sobre Diadorim, e mostrou como se inova na literatura!

Para mim, um dos maiores escritores brasileiros.

Abraços, Jefferson!


Obrigada pelo presente.


Mirze

Sueli Maia (Mai) disse...

Este é inigualável!

"Viver? Viver o senhor sabe: viver é eticétera" (Guimarães Rosa)

Belo trecho.

abraços

Teté M. Jorge disse...

Grande Guimarães... obrigada por me lembrar...

Dele, gosto dessa frase: "Se todo animal inspira ternura, o que houve, então, com os homens?"

Um beijo carinhoso, querido poeta.

Ninil Gonçalves disse...

Guimarães é uma necessidade diária, pois mostra que viver é tão bom quanto perigoso.

Abraço e obrigado pelas coisas boas que aqui transitam.