Sentada às vezes sobre a relva boa
Ia rever os álbuns de pintura,
Amava a criação e a pintura
Com seus olhos de amor que amar perdoa.
Se o relógio cantava no salão,
Levava susto e ria-se depois:
A manga é para mim, para nós dois
O roseiral, a rede, o sol, o pão
Pela manhã, saltando na piscina,
Aos saltos acordava o sapo-boi;
E tempo-que-será, tempo-que-foi
Davam-se as mãos dançando na colina.
Do livro A palavra escrita.
3 comentários:
Que espetáculo, Jefferson você nos trouxe hoje.
"Amava a criação e a pintura, com seus olhos de amor que amar perdoa."
Cheguei a decorar de tanto que reli!
A isto chamo de poesia boa, sem muitos requintes e com imensa profundidade!
Beijos, poeta!
Mirze
Jefferson!
Voltei porque li e me apaixonei por seu poema "CHUVA".
Nunca tinha lido nada igual!
Aplausos, poeta!
Beijos
Mirze
Mirze,
Fico muito grato pela sua leitura e pelo seu comentário em relação ao poema CHUVA.
Um grande abraço.
Jefferson.
Postar um comentário