O vento é um cão sem dono,
que lambe a noite imensa.
A noite não tem sono.
E o homem, entre sonhos, pensa.
.
E o homem sonha, dormindo,
que o vento é um cão sem dono
que o vento é um cão sem dono
que uiva a seus pés estendido
para lamber-lhe o sonho
para lamber-lhe o sonho
.
E ainda não chegou a hora.
.
A noite não tem sono:
alerta, sentinela!
alerta, sentinela!
Tradução Jefferson Bessa
5 comentários:
que fantástico, amigo, você desvelou um poema de Dámaso Alonso... uma raridade... uma felicidade...
Fico feliz por ter gostado, AMIGO! Obrigado pela visita.
Um abraço.
Jefferson.
Como quem vela...
Gostei de ler aqui este poeta espanhol.
Belíssimo poema!
Um abraço.
Profundo e tocante poema!
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