Vinha passando pelo meu caminho
Um vulto estranhamente iluminado...
Para onde eu ia, o vulto ia a meu lado
E desde então, não andei mais sozinho!
Um vulto estranhamente iluminado...
Para onde eu ia, o vulto ia a meu lado
E desde então, não andei mais sozinho!
Abraçou-me, beijou-me com um carinho
Que a um ser divino não seria dado...
E eu me elevava, sendo assim beijado
Muito acima do humano borborinho!
Falou-me de ilusões e de luares,
Da tribo alegre que povoa os ares...
- Assombrava-me aquela claridade!
Mas através daquelas falsas luzes
Pude rever enfim todas as cruzes
Que têm pesado sobre a Humanidade!
Pau d'Arco, 1905 (O Comércio, 15/09/1905)
3 comentários:
Lindo este soneto!
Fiz umas mudanças no blog e criei mais dois.
Dá uma passadinha por lá.
Um abraço.
belissimo poema sobre o amor invisível, desconhecido, mas presente!
Augusto dos anjos é o cara!! Sou fã!
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