quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Rudimentos: Nydia Bonetti


conto as horas no ábaco
como pão ázimo

sou como baixo-relevo
a minha bússola não me orienta

cabalas não me interpretam
um olho ciclope me olha

o meu debrum soltou a trama
um drible no destino

o fauno toca sua flauta
lua de marfim, noites de ébano

garimpo em velhas minas
rudimentos de novas gemas

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6 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

A Nydia é assim, tão tanto que é quase indecifrável. Abraços.
Prazer ler em conjunto.

Jefferson Bessa disse...

É um belo poema de Nydia. Seja bem-vinda, Mai.

abraços

Jefferson.

José Carlos Brandão disse...

Muito bem. O poema da Nydia continua bom.
Abraços.
Brandão

Talita Prates disse...

Adoro a escrita da Nydia. Adoro.

Paz.

Gerana Damulakis disse...

Eu, que já sigo e já conheço a produção poética de Nydia, passei aqui para reafirmar a minha admiração pela poeta.

Gregorio Omar Vainberg disse...

Nydia garimpa palavras e da sua flauta manam gemas tramas travesseiros donde debruçarse a escuta-la.