Quero beber! Cantar asneiras
No esto brutal das bebedeiras
Que tudo emborca e faz em caco...
......................Evoé Baco!
Lá se me parte a alma levada
No torvelim da mascarada,
A gargalhar em douro assomo...
......................Evoé Momo!
Lacem-na toda, multicores,
As serpentinas dos amores,
Cobras de lívidos venenos...
......................Evoé Vênus!
Se perguntarem: Que mais queres,
além de versos e mulheres?
- Vinhos!... o vinho que é o meu fraco!...
......................Evoé Baco!
O alfange rútilo da lua,
Por degolar a nuca nua
Que me alucina e que não domo!...
.....................Evoé Momo!
A Lira etérea, a grande Lira!...
Por que eu extático desfira
Em seu louvor versos obscenos,
.....................Evoé Vênus!
Do livro Carnaval
4 comentários:
Manuel é maravilhoso.
Muito obrigada pelo deleite de tão bela poesia.
Beijos,
Ry.
Bem pertinente o poema!
Abraço Jefferson!
Imbatível, meu queridíssimo Bandeira!
Esse eu conhecia.
Evoé, Manuel Bandeira. Poetíssimo!
Grata, Jefferson!
Beijos
Mirze
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