sábado, 14 de janeiro de 2012

SONETO A RICARDO REIS: UM POEMA DE JORGE TUFIC


Não por teu verso fluido e transparente,
Nem pelos deuses a quem sombra calma
Deste, lembrando a suave permanência
Do que puro inda resta onde não somos.

Mas ao prazer deixado ali freqüente
Em ler-te, aberto o livro e aberta a alma,
Todo um orbe revelas na existência
De um sorriso que em mármore supomos.

Pelas horas de humano entendimento
Em que dos tempos idos a beleza
Converges para um tempo começado;

E de, sendo tão parcos, um momento
Crer-se que o bem maior, glória ou riqueza,
Nada fica além disto que há sonhado.


5 comentários:

ROGEL DE SOUZA SAMUEL disse...

fiz o seu link no blog do Jorge Tufic, amigo, muito obrigado pela divulgação

Jefferson Bessa disse...

Amigo, é uma honra para o blog poder publicar Jorge Tufic e um belo soneto como esse!
Abraço

João A. Quadrado disse...

[um soneto repleto de luz,

luz e sombra onde se adivinha a silhueta do poeta, passeando entre letra, marítima letra]

um abraço,

Lb

Unknown disse...

Lindo demais esse soneto!

Pode entrar no link para ver mais?

Bem vou fazer isto.

Beijos e obrigado pela escolha!

Mirze

Jefferson Bessa disse...

Realmente lindo, Mirze! Fique à vontade, amiga.
Beijos.
Jefferson