Calor. E as ventarolas das palmeiras
e os leques das bananeiras
abanam devagar
inutilmente na luz perpendicular.
Todas as coisas são mais reais, são mais humanas:
não há borboletas azuis nem rolas líricas.
Apenas as taturanas
escorrem quase líquidas
na relva que estala como um esmalte.
E longe uma última romântica
— uma araponga metálica — bate
o bico de bronze na atmosfera timpânica.
Do livro: Apresentação da poesia brasileira. de Manuel Bandeira.
4 comentários:
Gostei! Não conhecia...
Beijos e flores.
Amooooo!!!!
Minha infância.
Feijão
Ta mas isso não muda o fato de que a cada 60 segundos na África passa 1minuto
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