Adeus, cimos e vales e veredas,
e bosques e clareiras e campinas
soltas ao vento, sacudindo as crinas
das espigas de sol na luz de seda.
Adeus, troncos e copas e alamedas,
esmeraldas selvagens que as neblinas
salpicavam de prata, adeus, colinas
que iam subindo como labaredas
de cobalto no ar... Adeus, beleza
irrepetível, que me viu nascer
e toca-me deixar: a natureza
também é feita de deixar de ser,
e eu levo agora a sombra e deixo a presa
à luz do provisório amanhecer.
e bosques e clareiras e campinas
soltas ao vento, sacudindo as crinas
das espigas de sol na luz de seda.
Adeus, troncos e copas e alamedas,
esmeraldas selvagens que as neblinas
salpicavam de prata, adeus, colinas
que iam subindo como labaredas
de cobalto no ar... Adeus, beleza
irrepetível, que me viu nascer
e toca-me deixar: a natureza
também é feita de deixar de ser,
e eu levo agora a sombra e deixo a presa
à luz do provisório amanhecer.
3 comentários:
BELO POEMA, ELE ERA UM GRANDE POETA, BEM DE MODO A VER O NOVO NA POÉTICA. UM ABRAÇO, ROGEL SAMUEL
Sim, Rogel! Bruno Tolentino tem uma grande obra poética. Podemos ver em todo o seu trajeto um trabalho poético muito empenhado.
Abraços!
Jefferson.
Jefferson,
Passei por aqui e, realmente, a poeisa de Tolentino é uma poesia rara e sofisticada. Também, embora, atrasado, devo lhe dizer em resposta aos versos de "Sem Vontade" que são meus como as coisas que coloco no Viva a Poesia sem indicação de autor. Um bom fim de semana. S.
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