Diz Antonio Vieira:
“Pois esta é terra nova e esses são os céus novos que Deus tinha prometido, que havia de criar, não porque não estivessem já criados desde o princípio do mundo, mas porque era este Novo Mundo, tão oculto e ignorado dentro do mesmo mundo, que quando de repente se descobriu e apareceu, foi como se então começara a ser e Deus o criara de novo”. Sermão da Epifania.
“Pois esta é terra nova e esses são os céus novos que Deus tinha prometido, que havia de criar, não porque não estivessem já criados desde o princípio do mundo, mas porque era este Novo Mundo, tão oculto e ignorado dentro do mesmo mundo, que quando de repente se descobriu e apareceu, foi como se então começara a ser e Deus o criara de novo”. Sermão da Epifania.
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Como se compreende a epifania, Antonio? A epifania é sua, orador; é a Epifania que se revela a partir do que constrói ao lado de todas as criações de Deus. Não mais criador versus criatura, mas criador ao lado de um criador. Se Deus disse que novas terras e céus seriam criados, você criou epifanicamente a partir do que Deus deixou por criar. E Deus, por criar, deixou a sua leitura. Essas terras e esses céus vivem em você, no seu rosto hermeneuta, que traz ao Evangelho o seu alto voo que se segue ao lado do voo de Deus: os voos da criação. Redescobrir o que sempre fora descoberto e recriar o que já fora criado: esta é a empreitada para qual se voltaram seus olhos. Enfim, você não deixou o Evangelho falar pelo pregador, mas fez a dilatação recriadora das palavras do Evangelho! (Jefferson Bessa)
Um comentário:
O grande Padre Antônio Vieira! Também postei alugns trechos do sermão do mandato no Poesia Diversa. Sua obra é eternamente bela! Um abraço.
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