Se vos queixais de que um poeta é obscuro, e que aparentemente ignora o leitor, ou que fala apenas para um número limitado de iniciados de que não fazeis parte – lembrai-vos de que o que o poeta pretendia fazer talvez fosse exprimir por palavras aquilo que não poderia ser posto de nenhuma outra forma, e portanto numa linguagem que pode valer o trabalho de a aprender. Se o leitor se queixa de que certo poeta é demasiadamente retórico, e que se nos dirige como se se dirigisse a uma reunião pública, tente pôr-se à escuta daqueles momentos em que ele não fala para si, mas em que apenas consente que o ouçam. (um trecho do ensaio crítico “As três vozes da poesia” de T. S. Eliot)
Nenhum comentário:
Postar um comentário