Não sei o que é poesia,
onde começa ou acaba.
Não sei se é pluma de Deus
ou se invenção do Diabo.
Não sei quando essa tinta
irriga seu sonho e seu caule.
Não sei se viga do corpo
ou se pilastra da alma.
Não sei o que é poesia.
Não sei o momento exato
em que cavalgo a vertigem,
em que sucumbo ao seu rapto.
Não se é um anjo torto
ou se remansosa ideia.
Só sei quando o verso chega,
mesa pronta para a ceia.
Do livro “As Verdes Léguas”
Nenhum comentário:
Postar um comentário