segunda-feira, 19 de abril de 2010

“The Embankment”: um poema de T.E. Hulme



Outrora, na delicadeza dos violinos descobri o êxtase,
No relâmpago dourado de tacões sobre o pavimento duro.
Agora vejo
Que o calor é a própria essência da poesia.
Ó, Deus, torna pequeno
O velho cobertor do céu, devorado de estrelas,
Para que nele possa envolver-me e jazer em conforto.

***

Once, in finesse of fiddles found I ecstasy,
In the flash of gold heels on the hard pavement.
Now see I
That warmth’s the very stuff of poesy.
Oh, God, make small
The old star-eaten blanket of the sky,
That I may fold it round me and in comfort lie.