sexta-feira, 16 de setembro de 2011

UM POEMA DE CLAUDIO MANOEL DA COSTA




A cada instante, Amor, a cada instante
No duvidoso mar de meu cuidado
Sinto de novo um mal, e desmaiado
Entrego aos ventos a esperança errante.

Por entre a sombra fúnebre, e distante
Rompe o vulto do alivio mal formado;
Ora mais claramente debuxado,
Ora mais frágil, ora mais constante.

Corre o desejo ao vê-lo descoberto;
Logo aos olhos mais longe se afigura,
O que se imaginava muito perto.

Faz-se parcial da dita a desventura;
Porque nem permanece o dano certo,
Nem a glória tão pouco está segura.

6 comentários:

Teté M. Jorge disse...

Que bom rever Claudio Manoel da Costa no seu blog... é sempre um prazer estar aqui.
Bom fim de semana, poeta.
Beijo carinhoso.

Unknown disse...

Belíssimo poema!

Acho que este tempo era mais tranquilo para se pausar palavras em poemas.

Obrigada Jefferson!

Beijos

Mirze

Lucinda Prado disse...

Estou conhecendo e adorando seu blog
Certamente virei muitas vezes.
Bjs

Jefferson Bessa disse...

Oi, Lucinda! Bom que está gostando. Seja sempre bem-vinda!
Abraço.
Jefferson.

Jessyca disse...

Maravilhoso poema sou apaixonada por poemas e quão belas são essas palavras.Parabéns pelo Blog estou seguindo continue sempre assim sucesso.

Hilton Deives Valeriano disse...

Como foi belo o barroco!