quarta-feira, 29 de junho de 2011

Soneto 55 de William Shakespeare







Nem mármore, nem áureos monumentos
De reis hão de durar mais que esta rima,
E sempre hás de brilhar nestes acentos
Do que na pedra, pois o tempo a lima.

Pode a estátua na guerra ser tombada
E a cantaria o vil motim destrua;
Nem fogo ou Marte apagará com a espada
Vivo registro da memória tua.

Há de seguir teu passo sobranceiro
Vencendo a Morte e as legiões do olvido,
E os pósteros, no juízo derradeiro,

Hão de a este louvor prestar ouvido.
Pois até a sentença que levantes,
Vives aqui e no lábio dos amantes.


tradução Ivo Barroso

7 comentários:

ROGEL DE SOUZA SAMUEL disse...

magnifico...

Unknown disse...

Que coisa era a mente de Shakespeare.

Em tudo ele era divino, mas nesse poema, eterniza seu nome na "Poieise"

Fantástico!

Beijos, poeta!

Mirze.

Teté M. Jorge disse...

Fantástico! Este poema eu não conhecia...

Um beijo carinhoso, poeta.
Boa semana.

Unknown disse...

Lindo soneto, muito lindo na verdade, mais vcs já pararam para pensar pera quem Shakespeare escreveu este lindo soneto 55

Anônimo disse...

Só o Augustus...

Anônimo disse...

Só o Augustos mesmo, nem Hazel se importa rsrs

Unknown disse...

Lembro o livro nesse momento... A culpa é das estrelas..