O espelho de um momento: um poema de Paul Eluard
Dissipa o dia,Mostra aos homens as leves imagens da aparência,Retira aos homens a possibilidade de se distraíremÉ duro como a pedra,A pedra informe,A pedra do movimento e da vista,E o seu brilho é tal que todas as armaduras, todas as máscaras, [se tornam falsas.O que a mão tomou desdenha tomar a forma da mão.O que foi compreendido já não existe.A ave confundiu-se com o vento,O céu com a sua verdade,O homem com a sua realidade.tradução: António Ramos Rosa e Luísa Neto Jorge
2 comentários:
Bem bom, poeta... nem conhecia...
Um beijo carinhoso.
LINDO POEMA!
Um poeta que escreve de uma forma ímpar. Difícil de captar as imagens. Quando ele diz: "o que a mão tomou desdenha tomar a forma de mão", entendi o todo. Como um plasma, ou um fantasma de nós mesmos.
Muito bom!
Não conhecia Paul Eluard!
Obrigada e parabéns pela escolha!
Beijos
Mirze
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