Talvez não venham a saber jamais
quanto de mim em ti carregas quando
vais ter com ela e fico só pensando
no que costuma haver entre os casais:
em pensamento vou a quanto vais
e quando a olhas eu a estou olhando
e quando a tocas eu a estou tocando
e teus genitais são meus genitais...
Quando chegas alfim de estar com ela
vejo teus olhos e ouço os olhos dela
dizendo coisas que ela a mim não diz:
vens leve e é também minha essa leveza
- e a alegria que em mim acham acesa
é mais um jeito meu de ser feliz.
*soneto presente na revista "Encontros com a civilização brasileira" número 17. Segundo a revista, os sonetos de Geir Campos publicados estavam no prelo e seriam lançados no livro "Tarefa e Cantar de Amigo".
2 comentários:
nossa!que belo soneto esse e que bom gosto o publicá-lo! ganhei meu dia (e não baixa a coisa fria... de Drummonmd)
Belíssimo soneto!
Absoluto em desprendimento.
Acho que não vou ler mais nada hoje.
Ótima escolha!
Beijos
Mirze
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