Atrás da pele de tuas paredes
os êmbolos dormem
e há nas sirenes um silêncio
de horizonte.
Os dínamos guardam o repouso
dos minerais ocultos,
as alavancas dobram os joelhos da laje.
Nas veias de cobre
o sangue é apenas um caminho de luz.
Quieta,
és como um esqueleto montado,
vazio de vozes humanas,
planeta morto.
Quieta
és uma pedra apenas, e em tua superfície
morre de inanição a última raiz do musgo.
Do livro À Margem do Tempo
4 comentários:
Grande! Um dos poetas da geração de 45!
Obrigada por compartilhar!
Beijocas.
Sim, Teca! Domingos tem excelentes poemas. Obrigado pela visita. Beijos.
Parabéns, pela escolha do poema..
Amei!
estarei sempre a visita-lo
sigo-te
Abraços
Preciosa Maria
Maria, obrigado pela visita. Seja bem-vinda! Abraços.
Postar um comentário