meus livros: um poema de Jorge Luis Borges
Meus livros (que não sabem que eu existo)São parte de mim como este rostoDe fontes grises e de grises olhosQue inutilmente busco nos cristaisE com a mão côncava percorro.Não sem alguma lógica armaguraPenso que as palavras essenciaisQue me expressam se encontram nessas folhasQue não sabem que eu sou, não nas que escrevi.Melhor assim. As vozes dos mortosVão me dizer para sempre.
tradução Josely Vianna Baptista
2 comentários:
QUE MENTE!
Porque não somos todos assim?
Sensacional!
Beijos, Jefferson!
Mirze
Que mágico! "Meus livros (que não sabem que eu existo)"... se vê... poeta tem disso.
Um beijo, querido.
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